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Arquitetos: KKAA YTAA
- Área: 94 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Norihito Yamauchi
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Fabricantes: Daiwa Heavy Industry, KYOEI LUMBER, TAIYO ECOBLOXX
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta é uma casa de finais de semana compacta construída no Parque Nacional de Ise-Shima, Japão. A área circundante é composta irregularmente por casas particulares, resorts corporativos e moradias padrão para residentes permanentes ao longo da estrada sinuosa. É o lugar perfeito para o proprietário que quer passar momentos relaxantes em um entorno natural, com vista para o mar, mesmo estando uma paisagem urbana sem um senso de unidade, que surgiu de repente no deserto do Parque Nacional. O lado sudeste do terreno é definido por uma falésia cerca de 30m acima do nível do mar.
Uma estrutura de blocos de concreto armado de dois andares é posicionada de frente para o mar. A distância entre a falésia e o volume foi determinada pela regulamentação local. Cada ambiente no primeiro nível é separado com paredes estruturais mínimas necessárias além dos móveis e acessórios. O pé-direito é de 1880 mm no ponto mais baixo sob a viga. Considerando a altura dos moradores, a escala é mantida a menor possível.
Em contraste, o segundo andar é um espaço amplo com um terraço, e um telhado de madeira. Em particular, a sala de estar e o terraço são todos feitos do mesmo material no piso, paredes e teto, criando uma vaga fronteira entre o interior e o exterior.
A princípio, consideramos ignorar essa paisagem urbana e criar um desenho personalizado que combinasse com a personalidade do proprietário. Porém, ao final, adotamos o modelo universal de casa, um retângulo de dois andares. Usando blocos de concreto que oferecem uma sensação de déjà vu, limitando o grau de liberdade no projeto de acordo com as dimensões padrão de 200 x 400.
Parecia natural que este terreno recebesse um elemento que de alguma forma remetesse a uma habitação padrão produzida em massa. Na concepção, focamo-nos no interior e no exterior, universalidade e especialidade, abertura e proximidade. Os elementos contraditórios que a arquitetura inevitavelmente cria devem estar em harmonia uns com os outros e coexistir. Ao fazer isso, os contornos e limites do volume são borrados e a arbitrariedade pessoal de nós arquitetos é diluída. Com isso, permite-se várias percepções dos moradores e visitantes, assim como todo tipo de ambiente ao redor. Esperamos que essa arquitetura flexível e tolerante dialogue com a natureza e com a paisagem urbana ao longo do tempo.